Estima-se que serão evitados prejuízos de R$ 4 milhões aos cofres públicos
Material apreendido na casa do agente financeiro que fazia empréstimos fraudulentos. Foto: Divulgação
Da Redação (Brasília) – A Força-Tarefa Previdenciária, composta pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, deflagrou, na manhã desta terça-feira (24), a Operação Coiote Kaiowá nas cidades de Amambai e Aral Moreira, no estado do Mato Grosso do Sul (MS).
A ação teve por objetivo desmantelar organização criminosa responsável por um esquema de fraudes envolvendo a confecção de registros de nascimento falsos visando à concessão de aposentadorias rurais para indígenas. Além disso, a quadrilha potencializava seus lucros mediante a contratação de empréstimos consignados fraudulentos.
Durante a ação, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, nas cidades de Amambai e na Aldeia Guassuty, em Aral Moreira.
Entre os alvos da operação estão um casal proprietário de uma financeira especializada em créditos consignados, além de um ex-capitão da Aldeia Guassuty.
A operação foi batizada “Coiote Kaiowá” em alusão aos “coyotes”, apelido dado aos atravessadores de pessoas na fronteira entre o México e os Estados Unidos. Segundo as investigações, os envolvidos criavam documentação nacional para que indígenas da etnia Kaiowá – provenientes do Paraguai – pudessem residir no Brasil e receber aposentadoria.
Além disso, a quadrilha falsificava certidões de atividade rural da FUNAI e registro civil de indígenas provenientes do Paraguai e de indígenas inexistentes, no intuito de se apropriar de suas aposentadorias.
Durante a ação, foram apreendidos cartões de benefícios, certidões de registro civil, identidades civis e formulários de empréstimos consignados.
Para Marcelo Henrique de Ávila, chefe da Assessoria de Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Riscos (APEGR) do MTPS, “o trabalho da APEGR, em integração com a Polícia Federal, foi crucial, colaborando com o levantamento de informações técnicas importantes para o sucesso da investigação”.
A APEGR é o órgão central da inteligência previdenciária, responsável pela execução de ações referentes ao combate de ilícitos e gerenciamento de riscos contra o sistema previdenciário.
Uma vez que o esquema fraudulento foi descoberto pela Inteligência Previdenciária em sua fase inicial, o prejuízo identificado foi de R$ 67 mil. No entanto, com a desarticulação da quadrilha, estima-se que serão evitados prejuízos ao INSS em torno de R$ 4 milhões.
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Ascom / Previdência Social